segunda-feira, 14 de julho de 2014

PV: PREFEITURA FAZ SUA PARTE

Terraplanagem na Lafaiete antes de receber nova camada de asfalto

DEMOROU, MAS SAIU. Obras na Rua Lafaiete Silva preveem troca de tubulação antiga e recapeamento com asfalto. Moradores dão adeus definitivo aos charmosos paralelos 


A prefeitura, de uns anos pra cá, deve ter algum problema com o Porto Velho. O bairro, que antes se destacava pelo charme e infraestrutura invejável na cidade, hoje se encontra em completo estado de abandono e esquecido.



A gota dágua para os moradores foi a interdição das ruas Antonio Carlos e Lafaiete Silva devido ao estouro da tubulação de esgoto há mais de um ano. A rua Lafaiete, vale lembrar, faz parte do itinerário da linha 524 (Pontal-Niterói) da viação Estrela, que teve que improvisar um novo caminho para os usuários nos últimos meses. A via também é rota de caminhões pesados que servem a estaleiros e a um frigorífico vizinho.

Cansados de conviver com esse absurdo, os moradores se mobilizaram através das redes sociais e cobraram da prefeitura uma solução para o problema. Depois de algumas centenas de compartilhamentos de fotos e comentários descendo o pepino no prefeito, o chefe do executivo finalmente se sensibilizou e enviou para o bairro o maquinário necessário para as obras de recapeamento e conserto da tubulação de esgoto.

UM POUCO DE HISTÓRIA

O bairro do Porto Velho foi um dos primeiros a serem urbanizados em São Gonçalo com calçamento de paralelos ainda na década de 1950. A tubulação de água e esgoto é antiga e sofre com o afundamento das vias devido ao tráfego intenso de automóveis pesados nas ruas Mauá, Lafaiete e Manuel Duarte. Recentemente a prefeitura cobriu todos os paralelos com asfalto sem mexer na infraestrura do solo. Com o passar do tempo o asfalto cedeu e revelou os problemas do asfaltamento sem critério.

OPORTUNISMO E ELEIÇÕES

Uma prática antiga na política é o oportunismo de ocasião. Pessoas ligadas ao governo deixam largada uma comunidade durante meses ou anos para somente ajudá-la próximo às eleições e assim beneficiar um ou outro candidato “bem na fita”.

Esse tipo de prática, além de constituir crime eleitoral, enfraquece nas pessoas atitudes de cidadania e participação política legítima nos rumos do município, tornando-se um ciclo vicioso difícil de acabar. E isso foi tema de grande debate nas redes sociais pelos moradores do Porto Velho. Sabe como é, né? camarão que dorme a onda leva...

Uma coisa é certa: cidadãos contribuintes não podem ser tratados como clientes, ainda mais sabendo que o trator, o alfalto e os trabalhadores de uma obra são pagos com dinheiro público! É calhorda e desonesto alguém se aproveitar disso como se fizesse um favor. O poder público deve tratar todos como iguais.



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