terça-feira, 23 de dezembro de 2014

JOSIAS ÁVILA JUNIOR, 75 ANOS

Josias Ávila


Josias Ávila Junior, gonçalense nato, foi 4 vezes deputado estadual e defensor público de carreira, hoje aposentado. Começou a se relacionar com o mundo, como gosta de dizer, nos fundos da 'vila' de uma fábrica de sapatos no bairro Zé Garoto aos 12 anos de idade.

Aos 14, se emprega no cartório do 3º Ofício onde se relaciona ainda mais com o mundo. Com bolsa de estudo no extinto Colégio São Gonçalo, amplia ainda mais seus horizontes que os levam a cursar Direito Universidade Federal Fluminense no campus do Ingá, que sempre ia a pé quando o ônibus que vinha de São Gonçalo o deixava no ponto final no centro de Niterói.

Já formado, torna-se defensor público do antigo estado do Rio de Janeiro governado por seu amigo, Paulo Torres, que pela primeira vez flerta Ávila para a política. Mas foi o sucessor de Torres, Geremias Matos Fontes, através de Joaquim Lavoura, que o convence a ser seu secretário particular numa época em que Ávila se aventurara, com sucesso, no mundo empresarial dos automóveis onde obtinha grandes lucros na revenda dos carros que trazia de São Paulo para São Gonçalo.

A aproximação com a política e com os políticos foi natural até que em 1970 lança-se candidato com o apoio de amigos fraternos da cidade de Trajano de Moraes. Consegue ser eleito e deputado foi por quase 20 anos. Até hoje Josias Ávila preside o Ipalerj (instituto de previdência da Alerj) a pedido dos próprios deputados que modificaram a lei para que um ex-deputado, como ele, presida a instituição. A função não tem remuneração.

Acredita que todos os políticos são idealistas, embora alguns possam incorrer em erros e desvios porque foram incapazes de dizerem não aos corruptores que são presentes no meio da política. E lamenta o que chama de 'mercantilismo da política' que obscurece o idealismo na vida pública. Esse quadro, segundo ele, não tem volta.

Como presidente interino do Abrigo Cristo Redentor, faz questão de manter os hábitos simples apreendidos de sua experiência pessoal e religiosa na Igreja Batista de São Gonçalo onde, inclusive, é diácono. Todas as últimas sextas-feiras do mês dá uma fugida da rotina para se divertir com os amigos no evento Momento Musical Salvatori, que criou para exercitar o vozeirão com as canções de Francisco Alves.

Hoje é seu aniversário, 75 anos. Parabéns.

Fizemos um bate-bola com ele:

O que falta para São Gonçalo deixar de ser uma promessa e virar uma realidade?

Idealismo, muito idealismo, entendo as dificuldades dos Poderes Públicos de administrar uma Cidade tão grande e com tantos problemas mas, é necessário estarmos atentos e cobrar a vontade política de atender aos anseios da população.


Como é administrar uma instituição como o Abrigo do Cristo Redentor?

O Abrigo do  Cristo Redentor é um sonho que aos poucos vai se realizando no trabalho de muitos. Podemos e queremos além de ser uma instituiçao que atende a idosos, prestar serviços à nossa comunidade com a ajuda dela própria. Além da preservação ambiental em vista de ser uma área que não vai poder ser edificada, ainda poderá conter maior arborização. Estamos pensando, também em amparar a cultura do nosso município idealizando o museu do Abrigo que vai ter a orientacão de um museólogo do município.

Como é fazer 75 anos sendo parte importante na história de São Gonçalo?

O Abrigo, como eu, foi criado em 1939, ele em Abril e eu em Dezembro, ambos amamos o nosso municIpio e queremos, ainda, realizar muito para figurar com orgulho na história da terra que nos viu nascer e crescer.


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