quarta-feira, 16 de julho de 2014

MEIO AMBIENTE: EXEMPLO DAKI

Claro que esse não é o Tuninho. O bigode é uma homenagem a ele

Homem e caranguejo dão vida a mangue do Porto Velho


Antônio Reis, o Tuninho, descendente do sr. Júlio Reis, proprietário de grande parte das terras que originou o bairro Porto Velho, fugiu da gente. Resta-nos contar esta história pra você 


Segundo nos conta o editor desse jornal, tudo começou no bar do simpático, gentil e sempre solícito e compreensível Alexandre Meninão. Tuninho lá, à vontade, numa das mesas, só esperando alguém puxar um dedinho de prosa. 

Foram logo puxar do grande rolo de lembranças do nosso ilustre personagem essa coisa do Porto Velho antigo, da praia. Ele, alisando o bigode, e sorriso fácil e discreto, não se fez de rogado  e saiu a falar de coisas que se via nele autoridade de quem, ora bolas! carrega o Reis no sangue.



Houve quem reclamasse dos tempos de agora. Outro lembrou de como a vida era boa sem a BR 101. Ele quieto, mas balançando a cabeça e alisando o bigode. A gente que conhece o Tuninho sabe que vinha coisa dali.

Depois de mais de dúzia de cerveja, mantinha impressionantemente o mesmo tom de voz assim, com um sotaque já meio goiano: “Olha, cê sabe que dá pra recuperar esse mangue aí? Pegava o  meu carro e ia lá pra Magé e Guapimirim trazer caranguejo pra deixar aqui na praia. Rapaz, num é que depois de um tempinho já tava tudo recuperado!”

Assim ficamos sabendo como houve o “milagre” do ressurgimento da colônia deste crustáceo no mangue que ainda existe no Porto Velho, Gradim e resto do litoral de São Gonçalo. 

Tuninho não quis e não quer conversa com imprensa. Pelo menos não quer tirar foto de jeito nenhum. Também não acha nada de mais o que fez. Como mesmo diz, ele faz parte da natureza. Ele (nós) somos o ecossistema e também responsável por ele. Ele nos ensina o que é meio ambiente.  

A PEDAGOGIA DO EXEMPLO É MELHOR DO QUE IMPOSIÇÃO

Tuninho não é mole não. Aprende aí mané: “A melhor forma de conscientizar as pessoas é com o exemplo e dedicação a uma coisa. As pessoas olham o que você faz e fazem o próprio juízo”

***

Jornal Daki, julho de 2011  

Nenhum comentário:

Postar um comentário