terça-feira, 25 de novembro de 2014

COMO FICA A POLÍTICA GONÇALENSE?


O amanhã nasce hoje: Resultado das urnas em 5 de outubro aponta para uma nova correlação de forças na política gonçalense


Por Helcio Albano

"VENCER, NA POLÍTICA, É POSSUIR MAIS DO QUE SE POSSUÍA ANTES" Fernando Brito

As urnas eletrônicas abertas no dia 05 de outubro revelaram uma nova configuração política em São Gonçalo. Pesos pesados da política local saem definitivamente de cena, como o ex-prefeito Edson Ezequiel, que decidiu se aposentar e a ex-prefeita Aparecida Panisset, banida por 8 anos da vida pública por ter caído na lei da ficha limpa no Tribunal Eleitoral (TSE). Ela ainda responde a processos na Justiça por improbidade administrativa e malversação do dinheiro público.  É o mesmo caso do seu irmão, Marcio Panisset.

Outras figuras bem conhecidas do eleitor gonçalense este ano não tiveram a mesma sorte de eleições passadas e não conseguiram se reeleger. É o caso da deputada estadual Graça Matos (PMDB). Concorrendo pela quinta vez consecutiva (é deputada a quatro mandatos), desta vez Graça sentiu o peso de concorrer sozinha sem ter ao seu lado o marido, Ezequiel, numa dobradinha que sempre deu certo em campanhas passadas. Nestas eleições obeteve pouco mais de 32 mil votos e  ocupa a 8ª suplência do seu partido.

O companheiro de partido de Graça Matos, Rafael do Gordo, mesmo com uma campanha bem estruturada, não conseguiu repetrir o feito de 2010, quando obteve  56 mil votos. Desta vez bateu no teto dos 36 mil votos e é o 7º da fila no PMDB. Mesmo com um grande rearranjo político dificilmente os dois voltam para a Alerj, além de perderem prestígio no seu partido e cargos na administração pública.

E quem demonstra não ter muita sorte nas urnas é o ex-secretário e ex-candidato a prefeito Adolfo Konder.  Com o apoio maciço do PCdoB estadual e do senador e candidato a governador Lindberg Farias, Konder não chegou aos 27 mil votos, destes, pouco mais de 21 mil votos dos gonçalenses que em 2010 quase o elegeram prefeito da cidade. Com este resultado, politicamente pouco sobra a Adolfo Konder.

O deputado federal Dilson Drumond (PSB) tentou a reeleição, mas não deu: os eleitores deram a Dilson 35,5 mil votos que o deixaram na segunda suplência, mas com grandes chances de assumir a vaga em 2015. Ele foi o candidato mais votado em São Gonçalo com 28 mil votos. Ganhou, mas não levou.

Se Dilson não levou, podemos afirmar que também não perdeu, embora politicamente esteja numa zona cinzenta. Diferentemente da situação dos vereadores Dejorge Patício (PR) e Marlos Costa (PT), que mesmo não entrando na Câmara Federal, saem fortalecidos e despontam como novas forças políticas em São Gonçalo.

Com um capital eleitoral de mais de 30 mil votos, dos quais 26 mil no município, Dejorge amplia seu espaço no governo Mulim. Já Marlos Costa, do alto dos seus 20 mil votos, 14 mil deles em São Gonçalo,  sai cortejado da disputa por vários partidos e cria cacife para pavimentar o seu caminho a uma candidatura a prefeito pelo Partido dos Trabalhadores, que desde 2008 não faz voo solo.

Por fim, os grandes vencedores Nivaldo Mulim e José Luiz Nanci. O primeiro, com a ajuda da máquina municipal, obteve na cidade mais de 60 mil votos para representar os interesses de seu irmão, Neilton, na Alerj. Já Nanci, além de ter ampliado a sua votação em 30% (36 mil votos), se credencia naturalmente ao cargo de prefeito em 2016.   

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